sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

RON PAUL: O PRESIDENTE AMERICANO QUE O MUNDO INTEIRO QUER?

 IMAGEM INSERIDA-SDA

As eleições primárias para escolher o candidato à presidência do Partido Republicano estão a todo vapor e Ron Paul, senador texano, médico obstetra e veterano de guerra, é o único concorrente que tem em seu programa de governo a intenção declarada de acabar com as guerras, desativar as bases militares no exterior e trazer os soldados de volta para casa. Será que ele é um homem da paz ou um agente comunista infiltrado (assista à análise de Olavo de Carvalho), a serviço de Putin e da malévola KGB?

Assista ao vídeo em que Ron Paul fala sobre sua política externa – 1/2



Assista ao vídeo em que Ron Paul fala sobre sua política externa – 2/2


Por André o’Zaca
Ron Paul é o republicano mais libertário que já existiu. Ele é um apaixonado defensor das liberdades civis e acredita que quando uma pessoa desfruta de suas liberdades, ela está aproveitando a vida.

Sua visão política é absolutamente fiel à Constituição dos Estados Unidos. Por isso ele é conhecido como o “Campeão da Constituição”. Seu histórico de votação no Congresso, após servir por 10 mandatos, é perfeito neste sentido; ele nunca votou a favor de nada que contradissesse a Constituição.

Pode-se dizer que um mote apropriado à filosofia libertária de Ron Paul seria “Cada um deve cuidar de sua própria vida”. Liberdade, livre iniciativa, não-intervencionismo, fim do assistencialismo, limitação drástica dos poderes do governo federal, respeito e fortalecimento dos poderes dos estados da federação e fidelidade à Constituição são algumas de suas convicções. Entre suas propostas de campanha e posições políticas, estão:


ECONOMIA
Este é um dos pontos mais fortes de Ron Paul. Como presidente, ele pretende:
  • Fazer uma séria auditoria no Federal Reserve e reorganizar profundamente toda a política econômica e monetária do país;
  • Interromper a política de Quantitative Easing do Federal Reserve, que é a “impressão” ou criação de dinheiro através de decreto (Fiat Money) com intuito de monetizar uma dívida que só cresce e que os Estados Unidos não conseguem pagar;
  • Cortar despesas desnecessárias (como gastos militares) de forma drástica para reduzir a dívida americana e investir em educação e saúde;
  • Proibir definitivamente os “bailouts”, conhecidos por aqui como “resgate financeiro” a bancos e empresas privadas por parte do governo, respeitando as regras do livre mercado. Ou seja, aqueles que tiverem que falir, seja por incompetência ou por má sorte, deverão falir.

SEGURIDADE SOCIAL
O pré-candidato quer descontinuar gradativamente, cessando qualquer nova inscrição, o sistema de seguridade social atual, o qual está a ponto de implodir, e instituir, após franca discussão com a população jovem, outra forma de seguridade que seja viável e auto-suficiente para a mesma.


ABORTO
Ron Paul é a favor da vida, da proteção legítima a toda vida. Segundo ele, “… para proteger a liberdade é preciso proteger a vida daqueles que ainda não nasceram também.” Ron Paul, com sua experiência de médico obstetra e de 4 mil partos realizados, é contra o aborto.

O senador texano tem um projeto de lei no Congresso chamado de “Emenda da Santidade da Vida”, o qual ele pretende por em pauta e pressionar para que seja votado ao se eleger presidente. Este projeto de lei pretende determinar o princípio de que a vida começa na concepção. Questionado, Ron Paul explica que esta afirmação não é política, e sim, científica.


CASAMENTO E CASAMENTO GAY
Ron Paul afirma que “Qualquer associação que seja voluntária deveria ser admissível numa sociedade livre” e que “… deveria ser protegida pela lei”.

Ele acredita que casamento é um assunto de foro religioso e que não deveria ser de competência do Estado codificá-lo em forma de lei, muito menos incluí-lo na Constituição através de emenda. Ele defende que este assunto deve ser tratado como um contrato civil.


DROGAS E PROSTITUIÇÃO
Ron Paul acredita que o governo não deve se envolver na questão de hábitos pessoais, inclusive em relação ao consumo de drogas. Como presidente, o texano tiraria do governo a atribuição de regulamentar drogas que hoje são ilegais, como maconha, cocaína, heroína, etc. Ele acredita que deve haver proteção para crianças e adolescentes que estejam abaixo da idade para tomar este tipo de decisão, e que isso deveria ser regulamentado individualmente por cada estado da federação.

Ron Paul afirma que a guerra contra as drogas fez com que o seu preço tenha se elevado e com que a sociedade tratasse os usuários como criminosos ao invés de pessoas doentes, o que tem levado os usuários a buscar a prostituição como forma de pagarem pelas drogas.

Ele acredita que “Quando alguém defende a liberdade e a liberdade de escolha, não se pode escolher como as pessoas vão usar essas liberdades. Então, se pessoas fazem alguma coisa que eu não goste e venha achar que seja moralmente repugnante, eu como indivíduo não faço esse julgamento. Eu não acredito que o governo possa legislar sobre a virtude. Eu posso rejeitar pessoalmente e posso pregar contra isso, sejam as drogas ou a prostituição, mas a minha solução se origina de meu comportamento pessoal em relação a mim. Da forma como eu crio os meus filhos. Mas seja o comportamento pessoal ou o comportamento econômico, eu quero que as pessoas tenham liberdade de escolha (…) as pessoas fazem más escolhas em religião e filosofia, mas nós não controlamos a forma que elas pensam se suas crenças religiosas não estiverem prejudicando outras pessoas. É por isso que eu tenho esta posição de que indivíduos devem defender a si mesmos. Governos não podem defender indivíduos de si mesmos. É apenas impossível. De outra forma, se tornaria um Estado tirânico.”


POLÍTICA EXTERNA
Ron Paul reconhece que os Estados Unidos são um império mundial. Ele acredita que este império está a ponto de fazer o que todos os impérios da história fizeram: expandir-se demais e implodir. Para dar um fim a este império e salvar os Estados Unidos, ele pretende:
  • Interromper todas as guerras que estão em andamento;
  • Trazer todos os soldados americanos de volta para casa;
  • Desativar as bases americanas em países estrangeiros;
  • Fazer com que os Estados Unidos deixem de ser a polícia do mundo ao seguir a filosofia de “não-intervencionismo” da Constituição dos EUA, ou seja, não se intrometendo nos assuntos internos de outros países;
  • Negociar com outros países de forma amigável, fazendo uso da diplomacia e do diálogo franco e direto e influenciando o mundo ao elevar os padrões morais dos EUA e estabelecer um exemplo a ser seguido.

BOICOTE
Ron Paul tem sido fortemente boicotado pelo falso paradigma republicanos/democratas dos EUA. As importantes eleições primárias de Iowa foram escancaradamente fraudadas, e Ron Paul terminou em terceiro quando as pesquisas apontavam que ele chegaria em primeiro ou segundo.

Além disso, em debates pré-editados, a Mídia Prostituta transmitia compilações que reduziam drasticamente o tempo de participação dele em relação aos outros candidatos. Isso somado ao fato de que praticamente todos os apresentadores e Prosti-Jornalistas que abordavam o tema Ron Paul repetiam o mantra “He can’t win!” (Ele não pode vencer!).

O apresentador do talk show “The Daily Show”, Jon Stewart, fez piada expondo a ostensiva operação midiática que tinha o objetivo de eclipsar Ron Paul e sua candidatura. Ao apresentar resultados de algumas primárias em que Ron Paul ficou na segunda posição, diversos programas de TV, jornais, portais e revistas citavam apenas o primeiro e o terceiro colocados, não mencionando Ron Paul nem em uma nota de rodapé!

Porque o sistema político americano e a sua Mídia Prostituta, comandados pela Elite Globalista, têm este medo patológico de Ron Paul? Sendo ele um candidato popular e com chances de vencer a corrida presidencial (várias pesquisas mostram que ele venceria uma disputa direta com Obama), ele não deveria ter o mesmo espaço e tratamento que os outros candidatos têm?


AGENTE COMUNISTA INFILTRADO OU LIBERTÁRIO RADICAL?
Internautas e personalidades da Mídia Alternativa defendem que Ron Paul é um agente comunista infiltrado que tem o objetivo de arruinar os Estados Unidos e o Ocidente. O ilustre professor, intelectual e filósofo Olavo de Carvalho (assista ao vídeo abaixo) é a voz principal a propagar esta tese. Entre os argumentos que a fundamentam, estão:
  • O fato de que Ron Paul frequentemente é entrevistado e promovido pelas TVs estatais russas Russia Today e RT America;
  • A suposição amplamente defensável de que, ao trazer os soldados de volta para casa e desativar as bases militares, Ron Paul estaria abrindo uma imensa passagem geopolítica pela qual os países que arquitetam outros esquemas globalistas, como Rússia, China e as nações mulçumanas, tomariam o poder e controlariam as regiões que hoje estão sob domínio ou influência dos EUA. Em outras palavras, haveria uma troca de poder e controle globais que sairiam das mãos da Nova Ordem Mundial (Ocidente) e seriam tomados pelo “Esquema Globalista Comunista” e pelo “Esquema Globalista Muçulmano”.
Segundo este ponto de vista, países e regiões disputadíssimos pelas forças Globalistas por serem geopoliticamente vitais para o mundo devido a sua riqueza, ou a sua imensa oferta de recursos naturais e de energia, ou a sua numerosa população, ou a seu vasto território, como o Japão, a Ásia Central e o Oriente Médio, seriam totalmente tomados pelos comunistas e muçulmanos porque o fator que atualmente impõe um equilíbrio entre estas sociedades e o Ocidente, que é o poderio militar norte-americano, não faria mais parte desta equação.

Fato é que, de uma forma ou de outra, o mundo sempre estaria sujeito às tiranias. Levando isso em consideração, estaríamos certos ao defender que forças tirânicas comunistas e muçulmanas sejam combatidas por outra força tirânica do Ocidente? Deveríamos compactuar com o mal? Não seria sábio tentar seguir o exemplo da famosa passagem bíblica em Mateus 26:52: “Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.”

Também devemos considerar que um aspecto positivo, caso Ron Paul consiga se eleger presidente, é que ele lutaria pela derrubada ou pelo enfraquecimento da Nova Ordem Mundial ao desfazer o nefasto Império Americano que está a serviço da Elite Globalista e ao fortalecer o país internamente. A menos que ele seja mesmo um agente comunista infiltrado, o que não parece ser uma probabilidade. É muito mais provável que ele seja um libertário genuíno como Thomas Jefferson e que, devido às suas convicções ideológicas rigorosamente alinhadas com a Constituição Americana, ele esteja disposto a enfrentar as sérias consequências geopolíticas de uma política externa radical, porém não intervencionista, não imperialista. É por isso que Ron Paul é sinônimo de Liberdade!

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