IMAGEM INSERIDA-SDA
As eleições primárias para escolher o candidato à presidência do Partido
Republicano estão a todo vapor e Ron Paul, senador texano, médico
obstetra e veterano de guerra, é o único concorrente que tem em seu
programa de governo a intenção declarada de acabar com as guerras,
desativar as bases militares no exterior e trazer os soldados de volta
para casa. Será que ele é um homem da paz ou um agente comunista infiltrado (assista à análise de Olavo de Carvalho), a serviço de Putin e da malévola KGB?
Assista ao vídeo em que Ron Paul fala sobre sua política externa – 1/2
Assista ao vídeo em que Ron Paul fala sobre sua política externa – 2/2
Por André o’Zaca
Ron Paul é o republicano mais libertário que já existiu. Ele é um
apaixonado defensor das liberdades civis e acredita que quando uma
pessoa desfruta de suas liberdades, ela está aproveitando a vida.
Sua visão política é absolutamente fiel à Constituição dos Estados
Unidos. Por isso ele é conhecido como o “Campeão da Constituição”. Seu
histórico de votação no Congresso, após servir por 10 mandatos, é
perfeito neste sentido; ele nunca votou a favor de nada que
contradissesse a Constituição.
Pode-se dizer que um mote apropriado à filosofia libertária de Ron
Paul seria “Cada um deve cuidar de sua própria vida”. Liberdade, livre
iniciativa, não-intervencionismo, fim do assistencialismo, limitação
drástica dos poderes do governo federal, respeito e fortalecimento dos
poderes dos estados da federação e fidelidade à Constituição são algumas de suas convicções. Entre suas propostas de campanha e posições políticas, estão:
ECONOMIA
Este é um dos pontos mais fortes de Ron Paul. Como presidente, ele pretende:
- Fazer uma séria auditoria no Federal Reserve e reorganizar profundamente toda a política econômica e monetária do país;
- Interromper a política de Quantitative Easing do Federal Reserve, que é a “impressão” ou criação de dinheiro através de decreto (Fiat Money) com intuito de monetizar uma dívida que só cresce e que os Estados Unidos não conseguem pagar;
- Cortar despesas desnecessárias (como gastos militares) de forma drástica para reduzir a dívida americana e investir em educação e saúde;
- Proibir definitivamente os “bailouts”, conhecidos por aqui como “resgate financeiro” a bancos e empresas privadas por parte do governo, respeitando as regras do livre mercado. Ou seja, aqueles que tiverem que falir, seja por incompetência ou por má sorte, deverão falir.
SEGURIDADE SOCIAL
O pré-candidato quer descontinuar gradativamente, cessando qualquer nova
inscrição, o sistema de seguridade social atual, o qual está a ponto de
implodir, e instituir, após franca discussão com a população jovem,
outra forma de seguridade que seja viável e auto-suficiente para a
mesma.
ABORTO
Ron Paul é a favor da vida, da proteção legítima a toda vida. Segundo
ele, “… para proteger a liberdade é preciso proteger a vida daqueles que
ainda não nasceram também.” Ron Paul, com sua experiência de médico
obstetra e de 4 mil partos realizados, é contra o aborto.
O senador texano tem um projeto de lei no Congresso chamado de
“Emenda da Santidade da Vida”, o qual ele pretende por em pauta e
pressionar para que seja votado ao se eleger presidente. Este projeto de
lei pretende determinar o princípio de que a vida começa na concepção.
Questionado, Ron Paul explica que esta afirmação não é política, e sim,
científica.
CASAMENTO E CASAMENTO GAY
Ron Paul afirma que “Qualquer associação que seja voluntária deveria ser
admissível numa sociedade livre” e que “… deveria ser protegida pela
lei”.
Ele acredita que casamento é um assunto de foro religioso e que não
deveria ser de competência do Estado codificá-lo em forma de lei, muito
menos incluí-lo na Constituição através de emenda. Ele defende que este
assunto deve ser tratado como um contrato civil.
DROGAS E PROSTITUIÇÃO
Ron Paul acredita que o governo não deve se envolver na questão de hábitos pessoais, inclusive em relação ao consumo de drogas. Como presidente, o texano tiraria do governo a atribuição de regulamentar drogas
que hoje são ilegais, como maconha, cocaína, heroína, etc. Ele acredita
que deve haver proteção para crianças e adolescentes que estejam abaixo
da idade para tomar este tipo de decisão, e que isso deveria ser
regulamentado individualmente por cada estado da federação.
Ron Paul afirma que a guerra contra as drogas fez com que o seu preço
tenha se elevado e com que a sociedade tratasse os usuários como
criminosos ao invés de pessoas doentes, o que tem levado os usuários a
buscar a prostituição como forma de pagarem pelas drogas.
Ele acredita que “Quando alguém defende a liberdade e a liberdade de
escolha, não se pode escolher como as pessoas vão usar essas liberdades.
Então, se pessoas fazem alguma coisa que eu não goste e venha achar que
seja moralmente repugnante, eu como indivíduo não faço esse julgamento.
Eu não acredito que o governo possa legislar sobre a virtude. Eu posso
rejeitar pessoalmente e posso pregar contra isso, sejam as drogas ou a
prostituição, mas a minha solução se origina de meu comportamento
pessoal em relação a mim. Da forma como eu crio os meus filhos. Mas seja
o comportamento pessoal ou o comportamento econômico, eu quero que as
pessoas tenham liberdade de escolha (…) as pessoas fazem más escolhas em
religião e filosofia, mas nós não controlamos a forma que elas pensam
se suas crenças religiosas não estiverem prejudicando outras pessoas. É
por isso que eu tenho esta posição de que indivíduos devem defender a si
mesmos. Governos não podem defender indivíduos de si mesmos. É apenas
impossível. De outra forma, se tornaria um Estado tirânico.”
POLÍTICA EXTERNA
Ron Paul reconhece que os Estados Unidos são um império mundial. Ele
acredita que este império está a ponto de fazer o que todos os impérios
da história fizeram: expandir-se demais e implodir. Para dar um fim a
este império e salvar os Estados Unidos, ele pretende:
- Interromper todas as guerras que estão em andamento;
- Trazer todos os soldados americanos de volta para casa;
- Desativar as bases americanas em países estrangeiros;
- Fazer com que os Estados Unidos deixem de ser a polícia do mundo ao seguir a filosofia de “não-intervencionismo” da Constituição dos EUA, ou seja, não se intrometendo nos assuntos internos de outros países;
- Negociar com outros países de forma amigável, fazendo uso da diplomacia e do diálogo franco e direto e influenciando o mundo ao elevar os padrões morais dos EUA e estabelecer um exemplo a ser seguido.
BOICOTE
Ron Paul tem sido fortemente boicotado pelo falso paradigma
republicanos/democratas dos EUA. As importantes eleições primárias de
Iowa foram escancaradamente fraudadas, e Ron Paul terminou em terceiro
quando as pesquisas apontavam que ele chegaria em primeiro ou segundo.
Além disso, em debates pré-editados, a Mídia Prostituta
transmitia compilações que reduziam drasticamente o tempo de
participação dele em relação aos outros candidatos. Isso somado ao fato
de que praticamente todos os apresentadores e Prosti-Jornalistas que abordavam o tema Ron Paul repetiam o mantra “He can’t win!” (Ele não pode vencer!).
O apresentador do talk show “The Daily Show”, Jon Stewart, fez piada
expondo a ostensiva operação midiática que tinha o objetivo de eclipsar
Ron Paul e sua candidatura. Ao apresentar resultados de algumas
primárias em que Ron Paul ficou na segunda posição, diversos programas
de TV, jornais, portais e revistas citavam apenas o primeiro e o
terceiro colocados, não mencionando Ron Paul nem em uma nota de rodapé!
Porque o sistema político americano e a sua Mídia Prostituta, comandados pela Elite Globalista,
têm este medo patológico de Ron Paul? Sendo ele um candidato popular e
com chances de vencer a corrida presidencial (várias pesquisas mostram
que ele venceria uma disputa direta com Obama), ele não deveria ter o
mesmo espaço e tratamento que os outros candidatos têm?
AGENTE COMUNISTA INFILTRADO OU LIBERTÁRIO RADICAL?
Internautas e personalidades da Mídia Alternativa
defendem que Ron Paul é um agente comunista infiltrado que tem o
objetivo de arruinar os Estados Unidos e o Ocidente. O ilustre
professor, intelectual e filósofo Olavo de Carvalho (assista ao vídeo abaixo) é a voz principal a propagar esta tese. Entre os argumentos que a fundamentam, estão:
- O fato de que Ron Paul frequentemente é entrevistado e promovido pelas TVs estatais russas Russia Today e RT America;
- A suposição amplamente defensável de que, ao trazer os soldados de volta para casa e desativar as bases militares, Ron Paul estaria abrindo uma imensa passagem geopolítica pela qual os países que arquitetam outros esquemas globalistas, como Rússia, China e as nações mulçumanas, tomariam o poder e controlariam as regiões que hoje estão sob domínio ou influência dos EUA. Em outras palavras, haveria uma troca de poder e controle globais que sairiam das mãos da Nova Ordem Mundial (Ocidente) e seriam tomados pelo “Esquema Globalista Comunista” e pelo “Esquema Globalista Muçulmano”.
Segundo este ponto de vista, países e regiões disputadíssimos pelas
forças Globalistas por serem geopoliticamente vitais para o mundo devido
a sua riqueza, ou a sua imensa oferta de recursos naturais e de
energia, ou a sua numerosa população, ou a seu vasto território, como o
Japão, a Ásia Central e o Oriente Médio, seriam totalmente tomados pelos
comunistas e muçulmanos porque o fator que atualmente impõe um
equilíbrio entre estas sociedades e o Ocidente, que é o poderio militar
norte-americano, não faria mais parte desta equação.
Fato é que, de uma forma ou de outra, o mundo sempre estaria sujeito
às tiranias. Levando isso em consideração, estaríamos certos ao defender
que forças tirânicas comunistas e muçulmanas sejam combatidas por outra
força tirânica do Ocidente? Deveríamos compactuar com o mal? Não seria
sábio tentar seguir o exemplo da famosa passagem bíblica em Mateus
26:52: “Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os
que lançarem mão da espada, à espada morrerão.”
Também devemos considerar que um aspecto positivo, caso Ron Paul
consiga se eleger presidente, é que ele lutaria pela derrubada ou pelo
enfraquecimento da Nova Ordem Mundial ao desfazer o nefasto Império Americano que está a serviço da Elite Globalista
e ao fortalecer o país internamente. A menos que ele seja mesmo um
agente comunista infiltrado, o que não parece ser uma probabilidade. É
muito mais provável que ele seja um libertário genuíno como Thomas
Jefferson e que, devido às suas convicções ideológicas rigorosamente
alinhadas com a Constituição Americana, ele esteja disposto a enfrentar
as sérias consequências geopolíticas de uma política externa radical,
porém não intervencionista, não imperialista. É por isso que Ron Paul é
sinônimo de Liberdade!
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